oNúcleo apresenta:
Únicos Variáveis
Curadoria: Elias Muradi e Rubens Pontes
“Sozinhos não estão, nem mesmo desacompanhados, há algo de singular sem serem excêntricos, são plurais e sujeitos a variações dos elementos intrínsecos que os constituem, modificáveis.
Os trabalhos apresentados na exposição Únicos Variáveis carregam características que a nomeiam. Desenvolvidos ao longo destes últimos meses, foram ancorados pelo desafio de articularem o espaço proposto, afim de, existirem enquanto obra. Em comum, são constituídos de partes, em ações que, naturalmente ocorreram pela vivência e que norteiam a produção estética de Antônio Gama,H, Cris Basile, Marina Aikawa e Sandra Novaes.
Antônio Gama.H parte de um mesmo tema. São 130 padrões geométricos, apresentados em duas técnicas distintas que exploram suas especificidades. “Minimimos” é uma série composta por desenhos em nanquim sobre papel, pequenos quadrados de 5x5cm cada e a série “sem título”, são xilogravuras, matrizes e impressões, com 21x21cm cada. Segundo o artista “aqui estão apresentados estudos compulsivos desses desenhos, que são fruto de estudos desde 2017, da série “Produto do meio”, em que esses padrões possibilitam malhas em lã trançadas em caixas de papelão”.
Em uma sobreposição de folhas de madeira cruas e se apropriando de seus veios naturais, Cris Basile cria interferências com um pirógrafo em sua superfície, desenhando-as, como um caminho. A artista também faz uso de outros materiais e comenta, “o trabalho é um retratado em pirógrafo, ressaltando os detalhes observados nas linhas da natureza. As garatujas são formadas pela queima do metal aquecido em contato com a folha e as imagens ganham vida entre as linhas pirografadas, tintas e espaços vazios. Uma simples linha traçada na folha de madeira é capaz de criar uma metamorfose, onde, não há no trabalho, uma verdade exposta”.
Em um trabalho técnico meticuloso, utilizando tintas acrílica, aquarela, óleo, colagem e cera de abelha sobre diversos tipos de papéis, Marina Aikawa nos apresenta um buquê de rosas, que trabalhadas individualmente, se multiplicam e argumenta: “por que rosa? Pela sua beleza e sua ampla simbologia entre amor, amizade, felicidade, comemoração… sempre bem vinda e nos representando… em um conjunto de rosas formando uma dança”.
Já Sandra Novaes apresenta um políptico carregado de expressividade e intencionalidade e de uma carga gestual constituída pela matéria e argumenta sobre “o uso da parafina com óleo, vem da tentativa de dar cor e textura à superfície do quadro e que reflete o momento de busca à alcançar.”
Texto Rubens Pontes
Abaixo veja um pouco da visão da galeria e detalhes de alguns trabalhos expostos.
Fotos Antônio Gama.H
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Local: Galeria da Gare Escola de Artes Criativas e Design
Rua Cubatão, 959 – Vila Mariana
Visitação de 31 de outubro a 19 dezembro 2020 – com agendamento, seguindo protocolos Covid19
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