A tinta mais antiga conhecida é chamada de ocre, um pigmento natural de cor terrosa que foi utilizado por povos pré-históricos. O ocre, composto principalmente por óxidos de ferro, pode ter várias tonalidades, como amarelo, vermelho e marrom. Ele foi amplamente usado em pinturas rupestres, como nas famosas cavernas de Lascaux, na França, e na caverna de Altamira, na Espanha, datadas de mais de 17 mil anos.

Fonte: Conexão Paris

Além do ocre, outras formas primitivas de tintas foram feitas a partir de carvão, cinzas, sangue animal, gordura e resinas, combinadas com elementos naturais para criar pigmentos duráveis.

Mas você sabia que foram descobertas pinturas mais antigas do que as das cavernas de Lascaux, na França? Arqueólogos descobriram a pintura rupestre mais antiga do mundo: uma imagem em tamanho real de um porco selvagem feita há pelo menos 45.500 anos na Indonésia.

The painting at Leang Tedongnge in Sulawesi, Indonesia. Fonte: Daily News

Em dezembro de 2017, um homem chamado Pak Hamrullah descobriu a entrada de uma caverna desconhecida em um penhasco da ilha de Sulawesi (também conhecida como Celebes), Indonésia. O javali, da espécie Sus celebensis, pintado com pigmentos minerais de cor vermelha, assume o posto de obra mais antiga da história no lugar de uma cena de caça registrada há 43.900 anos, também descoberta por Brumm e sua equipe em 2019 numa caverna vizinha da mesma ilha. 

“Estes novos descobrimentos dão mais peso à opinião de que as primeiras tradições modernas da arte rupestre provavelmente não surgiram na Europa da Era do Gelo, como se acreditou durante muito tempo, e sim em algum momento anterior, fora dessa zona, talvez em algum lugar da Ásia ou da África, onde nossa espécie evoluiu”, diz Brumm. (fonte: El País)

Medindo 136 po 54cm, o porco verrugoso de Sulawesi foi pintado com pigmento ocre vermelho escuro e tem uma crista curta de pelos eretos, bem como um par de verrugas faciais semelhantes a chifres, características de machos adultos da espécie.

Para determinar a idadedos desenhos, os cientistas utilizaram uma técnica chamada séries de urânio, que consiste em não datar a pintura em si, mas os processos geológicos associados à atividade artística. Marcos Garcia-Diez, professor do Departamento de Pré-História e Arqueologia da Univ.Compluense de Madri e um dos descobridores das pinturas neandertais da região espanhola da Cantábria, explica que, pela circulação da água, formam-se nessas cavernas finíssimas películas de calcita sobre as paredes da rocha: “São essas lâminas, que estão por cima da pintura, que são datadas. Portanto, se você souber quantos anos tem essa calcita, pode saber que a pintura estava lá desde antes. Neste caso, faz mais de 45.500 anos” (fonte: El País).

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